Neste início de 2019, só se fala de reforma da previdência. Todos opinam, mas ninguém justifica nada, ou melhor dito, alegam o ajuste fiscal e o déficit da previdência. Nem de longe as autoridades abordam os aspectos atuariais.

Não se fala mais que especialistas da área de previdência ou fiscal, defendem que não existe déficit. É o caso da ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).

Nem se comenta que a CPI do Senado concluiu que não há déficit na Seguridade Social e que são contabilizados, de forma indevida, dentre outras, as despesas de Planos de Saúde de Servidores, Auxilio Alimentação de Servidores, Despesas com Assistência aos Militares (ações de saúde prestadas por hospitais militares e convênios), etc., todas como se despesas de Seguridade Social fossem (http://cobap.org.br/downloads/docs/Relatorio-Final-CPI.pdf).

As declarações que estão na mídia são de quem apóia a reforma. Os militares já se manifestaram que devem ser enquadrados como proteção social e não como previdência e, em breve, o judiciário e o legislativo alegarão que não devem ser incluídos por algum motivo qualquer.

No quesito tipo de reforma, além da idade mínima e regras de transição, surgiu o tema do regime de capitalização como a grande panaceia, pois não tem déficit! O Modelo Chileno surge como a grande experiência deste regime. Omite-se que as empresas não contribuem, apenas o trabalhador e que a administração dos Fundos é feita por Financeiras, que tem altos ganhos. A maior omissão é que o Chile foi o 1° país a privatizar a previdência no mundo e é o 1° pais em suicídio de idosos por não terem aposentadorias! O Modelo Chileno não tem déficit, nem aposentados! Veja os documentos:

Aposentadoria por capitalização! Correio do Povo, 11/01/2019

Centrais Sindicais 01/01/2019