Foi o aposentado Carlos Martinesco que teve a iniciativa de unir os aposentados da Telepar. Martinesco lembra que a trajetória da AAT inclui acontecimentos de relevância histórica. “Na época, os aposentados, não sindicalizados, para sanarem dúvidas no processo de aposentadoria ou reivindicarem outras vantagens, negociavam individualmente com as diretorias ou a presidência da empresa”.

 

Martinesco, diz que era comum receber telefonemas e visitas de colegas aposentados em sua casa, para esclarecimento de dúvidas sobre aposentadoria. “Foi aí que eu senti a necessidade de unir, de uma forma efetiva, todos os aposentados”, complementa.

Mesmo enfrentando dificuldades, acreditou que o sonho de criar uma associação era possível. Visitou as Associações dos Aposentados da Copel, do antigo Banestado, da Rede Ferroviária Federal, entre outras. Fez a minuta do primeiro Estatuto da AAT, que foi apresentado ao Departamento Jurídico da Telepar para análise. “A minuta era composta de tanta cláusula que o Advogado João Carlos de Almeida, após analisar, me perguntou se estávamos querendo fundar um novo sindicato”.

 

No dia 10 de julho de 1989, na residência do aposentado Adriano Bonaldi, foi realizada a Assembléia que aprovou o Estatuto da Associação e empossou a primeira diretoria.

 

A Associação nasceu no contexto da representação dos aposentados que vinham na maioria da Companhia Telefônica Nacional – CTN, que se aposentavam por meio do Termo de Relação Contratual Atípica, com incentivo de aposentadoria aos empregados acima de 35 anos de trabalho, firmado entre a Telepar e o Sindicato dos trabalhadores em Empresas de Telecomunicações do Estado do Paraná – Sinttel/PR.

 

No decorrer do tempo, a AAT foi ganhando credibilidade, e o número de associados foi aumentando. “Servimos de exemplo para a criação de outras associações de aposentados do Sistema Telebrás”, diz Martinesco, com orgulho.

 

Apesar de toda a credibilidade da AAT, com a privatização da Telepar, a entidade se via com pouca estrutura para enfrentar os desafios que foram lançados no novo cenário.

 

 Assim, em 1999, dez anos depois da fundação da AAT, Paulo Arruda Bond constitui-se no portador de um novo projeto para a Associação, que pudesse, de alguma forma, fazer a transição da associação da década de 90, para uma gestão mais adequada ao novo contexto.

 

Bond conta que a necessidade de reestruturar a AAT surgiu quando ele foi convidado a fazer parte do Clube de Investimento dos Empregados da Telepar – Teleações-PR.

Ao visitar as associações dos aposentados de Londrina e de Maringá, para repassar informações sobre o novo investimento, Bond diz: “Em três dias as associações mobilizaram todos os aposentados, e este episódio me convenceu que deveríamos ter uma Associação com cadastro atualizado, estrutura financeira e com atendimento pessoal e telefônico”.

 

O problema sobre cadastro de aposentados foi discutido com o Liberato da Costa, que naquela época fazia parte do Sindicato. Com toda a sua experiência, dedicação e eficiência entrou em contato com todos os aposentados e criou um banco de dados. “O trabalho feito pelo Liberato facilitou o processo de reestruturação da AAT”, complementa Bond.

 

Tendo em mãos o cadastro dos aposentados, Bond emprestou por seis meses uma sala comercial, situada na Rua 24 de Maio, e ao encerrar suas atividades no Clube de Investimento conseguiu como doação os móveis. “Foi uma oportunidade única que soubemos aproveitar, pois tínhamos uma sala, mesa e cadeiras, tudo sem custo”, complementa.

 

Paralelamente com as atividades de contato com os aposentados, Paulo convidou o Luiz César Olivier Scheffer e Pedroair José Buest, que se reuniram muitas vezes no escritório do Luiz para fazer o planejamento das atividades necessárias para a efetivação da reestruturação.

 

Um dos primeiros projetos foi a alteração do Estatuto. Em seguida, teve início a reorganização dos serviços internos, que foram divididos em três equipes: planejamento operacional, angariação de sócios e atendimento aos associados.

 

Segundo Bond, foi um trabalho que, por ser uma situação nova, gerou grandes dificuldades. Mas, como tinha o objetivo de servir a todos, e cumprir o programa de transição da AAT para a nova realidade, a equipe superou todos os obstáculos, com sucesso.

 

No dia 27 de agosto de 1999, foi realizada a Assembléia Geral que alterou a razão social para Astelpar, bem como aprovou o novo Estatuto, já com as necessárias alterações. Nesta Assembléia foi eleita a seguinte Diretoria: Paulo Arruda Bond- Presidente, Pedroair José Buest - Vice-Presidente, Luci Lamar Perly Regis – 1ª Secretária, Cleomar Justiniano Gaspar - 2º Secretário, Luiz Olivier César Scheffer - 1º Tesoureiro, Mariovani Carsten Cervi – 2º Tesoureiro, Maria Lúcia Marques Bom e Álido Lorenzatto - Assessoria Jurídica, Liberato da Costa e Maria Angélica Fonseca da Silva - Relações com Aposentados e Sinttel. Conselho Fiscal: Hordival Wielewski, Adriano Bonaldi e Benedito Gomes. Suplentes: Jane Simiema de Carvalho, Maria Joana Stival e Ladeslava Doubas.

 

É importante salientar e valorizar o trabalho desses ex-teleparianos e expressar o reconhecimento de seu empenho, de sua dedicação e de sua qualidade para a consolidação da Astelpar.

 

Nessa mesma época, foi criada a logomarca que identifica visualmente a Astelpar. A logomarca criada com fundamento no nosso lema “Astelpar, a união de forças”, mostra duas pessoas unidas num esforço comum.